Normalmente, temos na ponta da língua as desculpas para justificar nossas adultices e deixar de lado um monte de coisa legal que os nossos “não tenho tempo”, “já passei dessa fase” ou “preciso dormir” nos privam. Lembro quando tive meu primeiro contato com Bob Esponja. Eu olhava para aquilo incrédulo de que haviam feito um desenho cujo um personagem era uma…esponja do mar com formato de esponja de tomar banho. Me deem um desconto, eu estava acostumado com desenhos de animais falantes como os da Hanna-Barbera e da Warner Bros., objetos inanimados falando era demais pra mim, por mais que em A Bela e a Fera, da Walt Disney, o conceito fosse bem explorado. Mas, superei isso com bastante terapia e ácido lisérgico e quando assisti Bob Esponja pela primeira vez eu adorei, mas divago aqui.
O Segredo Além do Jardim é uma animação, aparentemente, despretensiosa produzida pela Cartoon Network e criada por Patrick McHalee. Contudo, já no primeiro episódio você se depara com o primeiro elemento de uma boa história, personagens absolutamente cativantes! Os irmãos Wirt e Greg estão perdidos, e você não sabe como ou por que, em um lugar chamado de O Desconhecido, representado na ilustração por uma floresta assombradíssima. Você entra em contato com com sequências de diálogos que evidenciam os conflitos dos personagens que são por vezes bucólicos, muito fofos ou completamente non-sense! Todos os personagens coadjuvantes e as interações deles com a dupla de irmãos, naquele ambiente misterioso, dão a história um tom bastante sombrio. Por mais que o personagem seja um pássaro azulão fêmea chamada Beatriz, por exemplo, você sempre duvida das reais motivações de todos.
A trilha sonora é outra coisa que cativa nossa atenção. Além de letras com grande qualidade poética e canções e coreografias que muito lembram desenhos da Disney dos anos 70-80, ainda têm aquelas musiquinhas chiclete. Que grudam na cabeça. Depois das musiquinhas você é dominado pelo ato de cantarola-las. A canção Batatas e Melados que o Greg canta é de uma inocência tão boba e melodia tão envolvente que te arrebata e te faz até querer procurar receitas de Batata com Melado (Não há muitas). Por fim, é uma história contada de maneira rápida e direta em 10 episódios de aproximadamente 11 minutos cada, repleta de mistérios, tipo em Lost, mas com um final realmente instigante e quase todos os mistérios resolvidos. Os que não são resolvidos, deixam pontas para interpretação pautadas nos elementos que deixamos passar nos episódios anteriores. Vale muito a experiência. Depois que você ver e se apaixonar (ou agora mesmo) visite essa postagem do Jovem Nerd para saber de algumas novidades bem bacanas sobre essa mini-série.
levianismo | entre a existência e a procrastinação 
Muito bacana
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Eu tenho uma teoria sobre a Tia Feitiço e as tartarugas pretas: Pq so ela come e não vira algum monstro (como o cão da Beatrice) isso se deve ao fato que as tartarugas pretas forem criações dela! Ou seja, a Tia Feitiço que criou as tartarugas, e por isso ela tem uma cesta cheia delas em sua casa, e por isso tambem ela come e nada acontece!
Outro fato é que pq ela nao libertou sua sobrinha antes? Pq ela nao usou o talismã como o Greg fez pra libertar ela do espirito? Tem algo de muito errado nela, e a historia meio que resolveu esconder isso mostrando ela como uma boa senhora (mas que de boa não tem nada!)…. Será que A Fera não foi uma criação dela tambem???? Reparem que A Fera e o cão do primeiro episodio tem os mesmos olhos! E o cão logo em seguida cospe uma tartaruga e volta ao normal!
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Nossa! Massa demais! Vou ter que rever mais uma vez pra prestar atenção nisso tudo que você disse. Não tinha reparado nos olhos da fera e do cão.
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